Elegância… ou falta dela…

Há coisas difíceis de ensinar.

Uma delas é a elegância de comportamento.

Talvez, porque é difícil ensinar, seja cada vez mais rara.

Vai muito além da forma de andar ou do uso correcto dos talheres ou até do simples obrigado.

É a elegância que nos acompanha desde que nos levantamos até que nos deitamos e que se manifesta nos gestos mais simples.

É uma elegância natural.

Está presente nas pessoas queda maledicência, da crítica destrutiva.

Encontra-se nas pessoas que elogiam mais do que criticam, nas que escutam mais do que falam. 

A elegância passa longe não elevam o tom de voz e nas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.

Faz parte, naturalmente, das pessoas pontuais.

Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem cumpre o que promete.

É elegante quem percebe quando está a mais e quem retribui um sorriso.

A elegância está, naturalmente, em quem não se intromete em conversas que não lhe dizem respeito.

É elegante, além de fazer parte das regras da boa educação, não provocar os outros, com palavras ofensivas ou piadas, até porque, às vezes, quem as profere parece que está a falar de e para si próprio...

Não há livro que ensine a ser generoso com o mundo e com os outros, a estar nele de uma forma não arrogante.

Que falta de elegância a de quem diz de si próprio “Eu sou muito competente"! 

Além disso, quem precisa de o dizer, é porque os outros ainda não o notaram!

Mau sinal!

Pode apreender-se esta delicadeza natural através da observação, mas tentar imitá-la é inútil, pois não se consegue fingir por muito tempo.

CUIDADO!

A educação e a inteligência, são como os membros do nosso corpo, atrofiam por falta de uso!

A.C.

21.05.2009