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Bem-vindos...

Vejo a chuva cair... o vento soprar... o sol entra pela minha janela... as nuvens passam. Tudo passa... E virão novos e bons tempos...

Bem-vindos...!

Veo la lluvia caer... el viento soplar... El sol entra por mi ventana y las nubes pasan... Todo pasa... Y vendrán nuevos y buenos tiempos...

¡Bienvenidos...!

(Alma Inquieta)

22 de junho de 2009



Sodade - Cesária Évora (E eu de Cabo Verde!!!)






Esta música recorda-me o Paraíso na terra... Cabo Verde!!!

Que saudades eu tenho!!!




17 de junho de 2009



Pureza de Alma...!






Transparência...





16 de junho de 2009



Nada acontece por acaso...





10 de junho de 2009



Violência Doméstica!




Há cerca de quinze dias, quando chegava a casa por volta da meia-noite, enquanto fechava a minha viatura ouvi uma voz masculina num tom nada aconselhável para o horário.

Aproximei-me da entrada do prédio onde moro e à medida que me acercava notei que o volume dessa voz aumentava proporcionalmente.

Não foi difícil perceber de onde vinha essa voz.

Vinha do rés-do-chão (não vou dar mais detalhes, por motivos óbvios) do meu prédio.


Não estranhei a situação, porque as discussões e a violência doméstica entre esse casal são constantes.

Estranhei sim, a hora tardia!

Se o tom não era agradável, era-o ainda menos o que ele lhe dizia.

Sim, porque eu só ouvia a voz dele!


Não sei o que me chocou mais, se ele dizer-lhe “foste a pior desgraça que me aconteceu na vida” ou “por tua causa, um dia vou parar à cadeia, porque vou espancar-te até à morte”?!


Não sei se um dia não o fará!


Subi as escadas, chocada com o que tinha ouvido!

Não ficaria bem com a minha consciência se não tomasse uma atitude!

Comentei a situação com a minha filha, porque o meu marido já estava a dormir.

A minha filha, já em pijama, desceu comigo e verificámos que os insultos, da parte dele, continuavam (pensávamos nós que era só agressão psicológica).

A minha filha ainda sugeriu tocar à campainha, mas eu achei por bem não o fazer, pois não sei como ele reagiria.

Decidimos, então, chamar a polícia e assim fiz!

Efectivamente, a polícia foi rápida a chegar. Ainda não tinham passado dez minutos e já uma viatura, com dois agentes, estava estacionada à frente do meu prédio.

Fiz uma coisa que não se deve fazer, mas a gravidade da situação desculpar-me-á: peguei no auscultador da minha casa e ouvi a conversa.


Um agente tocou à campainha e o marido atendeu.


Quando o polícia se identificou, imediatamente a porta exterior do prédio foi aberta, sem que ele questionasse o agente do motivo que o levou a tocar-lhe à campainha a uma hora tão tardia.

Facto curioso foi ter sido a mulher a abrir a porta da habitação ao agente.

Quando foi confrontada, inacreditavelmente, ela negou que estivesse a ser vítima de violência doméstica. O polícia ainda insistiu que tinha havido uma denúncia por parte de uma vizinha, mas ela voltou a dizer que não, que o que se passou “era uma coisa normal entre um casal”!

Perante esta resposta, o polícia não tinha outra alternativa senão retirar-se.

Já no exterior do prédio, ouvi esse polícia dizer para o colega, em tom irónico “ela disse que não se passa nada!”.

Obviamente, o agente não acreditou nas palavras dela!


Muito menos acreditaria se visse o rosto dela no dia seguinte, como eu vi!


Há várias questões que me inquietam.


1 - Que adulto vai ser o filho deles, actualmente com cerca de 13 anos, a crescer num ambiente onde é habitual a agressão física e psicológica?


2 – O que leva uma mulher a aceitar ser humilhada desta maneira?


Quando a mulher não trabalha, diz-se “coitada, tem de aguentar... não tem rendimentos!”.


Mas, não é o caso. Tem formação superior e é economicamente independente.


3 – Qual é o perfil do agressor, actualmente?


Faço esta pergunta, porque longe vão os tempos em que o homem que batia na mulher era aquele que tinha por companheira uma garrafa de vinho!


Este não!


Aparentemente é um cidadão modelo!


Como as aparências enganam!


Nós pensamos que vivemos num paraíso!


Pura ilusão! Passados três dias desta ocorrência, a manchete do Jornal de Notícias dizia “A cada duas semanas morre uma portuguesa vítima de violência doméstica”.


Actualmente, a violência doméstica, é um crime público e como tal deve ser denunciado.


Infelizmente, no nosso país, ainda há muitas pessoas de horizontes estreitos que levam à letra o ditado popular “entre marido e mulher ninguém meta a colher”.


Eu denunciei e sempre que a situação se repetir voltarei a fazê-lo.


Não quero carregar na consciência a concretização de uma ameaça!




A.C.
10.06.2009


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